É desesperador acordar sozinha,
vazia e sem estrutura para
encarar outro dia rotineiro,
cinza e arrastado.
É deseperador ver as pessoas
nas ruas e tentar imaginar como
seria viver a vida delas...
É estranha a sensação de vazio,
de falta de amplitude, de horizonte
estreito, de depressão latente e
desespero lento.
Queria um dia de chuva intensa
na minha vida, um dia de tempestade
e raios infinitos que mudassem a paisagem
sem cor.
Que se quebrem os espelhos, que se rasguem
as roupas adequadas, que não sejam poupadas
as palavras não ditas.
Que se exploda com as prerrogativas,
que as máscaras sejam descartadas e que em
seu lugar seja o meu rosto o confrontador
diante do mundo.
Que chova forte e vente muito, lavando
assim a desordem, a palidez e a falsa
moralidade.
Liberdade para as próprias idéias,
liberdade o verdadeiro eu, arrancado
do fundo do poço antes de se consumir na
rotina entediante.
Liberdade para se dedicar a si próprio,
pois nunca haverá o outro em sua vida
se não houver harmonia entre você e
e sua própria estória...
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